sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Família Simpson ganha traços afro para estreia em Angola

Homer, Marge, Bart, Lisa e Maggie Simpson mudaram sua cor amarela tradicional pelo marrom escuro para a estreia da série em Angola, segundo informa nesta sexta-feira (21) o jornal britânico "Daily Mail".

A iniciativa é uma uma manobra promocional de uma agência de publicidade para fazer a conhecida família de Springfield aterrissar pela primeira vez no continente africano, embora nos próximos capítulos os personagens continuarão com a aparência original.

Um Homer negro e calçando chinelo, calça curta e camiseta com motivos afros - e com uma pulseira artesanal em vez de relógio - substitui o da versão ocidental.

Transformação parecida sofreu a matriarca da família, Marge, cujo cabelo já não é azul mas preto, e exibe um pêndulo no pescoço no lugar do colar vermelho habitual, assim como um vestido amarelo.

Bart Simpson já não tem o cabelo espetado e veste camiseta sem mangas, enquanto sua irmã Lisa aparece com tranças afro no cabelo e a pequena Maggie muda seu pijama azul por uma espécie de fralda branca enrolada no corpo.
A imagem promocional mostra todos os membros da família com seus novos trajes e sentados em frente ao televisor, como ocorre ao princípio de cada capítulo.

A cerveja de Homer não é mais a tradicional Duff, mas a angolana Cuca. Um quadro pendurado na parede mostra a silhueta de dois elefantes.

Criados por Matt Groening, os Simpsons comemoram este ano seu 20º aniversário, após conseguir um enorme sucesso que transformou este desenho animado em uma série cult, traduzida para cerca de 20 idiomas e transmitida em mais de 90 países, inclusive com versão para o cinema.

Os 441 capítulos criados por enquanto retratam com humor e certa dose de ironia as peripécias de uma família de classe média americana.

A participação na série de personagens famosos na vida real como atores, políticos e músicos é outra de suas principais características.



Fonte: Site g1.com <http://g1.globo.com/Noticias/PopArte/0,,MUL1276007-7084,00.html>

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

PROCESSOS DE APRENDIZAGENS...

As observações aqui pontuadas pretendem aprofundar em uma perspectiva dialógica e mediadora o desenvolvimento da 5ª turma do Curso de História e Cultura Indígena e Afro Brasileira no ensino fundamental e médio, na disciplina Educação e Contemporaneidade.

A proposta apresentada pela Professora Josely Muniz visou oportunizar a turma, em muitos momentos de expressão de idéias, e retomar dificuldades referentes aos conteúdos introduzidos e desenvolvidos. A realização de trabalhos em grupos trouxe a possibilidade de auxílio mutuo frente às dificuldades (princípio de interação entre os iguais), tentando garantir o desenvolvimento de cada pessoa, estimulando o entendimento de novos conceitos trazidos em cada aula.

O programa propôs em cada etapa tarefas relacionadas com as anteriores, numa graduação de desafios coerentes apresentados ao longo do processo.

Acreditamos que o desafio maior para a turma foi converter a tradicional rotina de atribuir conceitos classificatórios às tarefas (leitura superficial dos textos, pouco envolvimento com o propósito, a falta de entendimento por parte de alguns, pouca interação e participação qualificada nas aulas). Calculando notas de desempenho final. O que causa estranhamento é que se trata de uma turma de especialização e ainda percebemos memorização no lugar de aprendizado, cumprimento de tarefas no lugar de compreensão, passividade no lugar de participação; posturas inconciliáveis com a formação de “Especialistas”!

Vale ressaltar que tal postura “a priori” nega a vivência necessária a qualquer pessoa, para evoluir no processo, no entanto, “... ninguém foi educado para isso. Não vai vir tudo curtinho. O processo da reflexão do adulto também tem uma evolução”. (Freire, M. 1989, p.6)
Referências:
FREIRE, Paulo. Primavera Madalena. Prefeitura Municipal de Educação: Porto Alegre, 1989.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

A RUPTURA DO PARADIGMA

Ruptura significa rompimento, suspensão ou corte. Trata-se de uma cisão, de uma transformação na forma de compreender as coisas. A ruptura de um paradigma ocorre a partir da existência de um conjunto de problemas, cujas soluções já não se encontram no horizonte de determinado campo teórico, dando origem a anomalias ameaçadoras da construção científica. Um repensar sobre o assunto passa a ser requerido. Novos debates, novas idéias, articulações, buscas e reconstruções passam a acontecer a partir de novos fundamentos.

Neste capítulo, a autora compreende que o grande problema da Educação decorre do modelo da ciência que prevalece num certo momento histórico e que influenciam as questões epistemológicas e as teorias de aprendizagem das quais derivam a mediação pedagógica e suas práticas correspondentes. Sendo assim, ela acredita na existência de um diálogo entre o modelo da ciência, as teorias de aprendizagem e as atividades pedagógicas desenvolvidas, pois toda formulação teórica traz consigo um paradigma do qual decorre todo um sistema de valores que influencia não somente o processo de construção do conhecimento, mas também a maneira de ser, de fazer e de viver/ conviver.
Em meados do século XVII, surgiram Descartes e Newton, duas grandes figuras desse século. Descartes, filósofo e matemático francês, considerado o fundador da ciência moderna, pai do racionalismo moderno, desenvolveu o método analítico que propunha a decomposição do pensamento e dos problemas em partes componentes e sua disposição dentro de uma ordem lógica. Para ele, os efeitos dependem de suas causas. Foi este grande filósofo que reconheceu a superioridade da mente sobre a matéria e concluiu que as duas eram coisas separadas e fundamentalmente distintas, o que teve profundas repercussões no pensamento ocidental, com implicações nas mais diferentes áreas do conhecimento humano.

Entretanto foi Isaac Newton, outro grande gênio dessa época, quem complementou o pensamento de Descartes e concebeu o mundo como máquina perfeita, completando a formulação matemática da concepção mecanicista da natureza, na qual o universo passou a ser um grande sistema mecânico que funcionava de acordo com as leis físicas e matemáticas. Para ele, o mundo poderia ser descrito sem relacionar o observador humano. Esta visão de mundo-máquina deu origem ao mecanicismo como uma das grandes hipóteses universais da Era Moderna e caracterizou um período chamado pelos historiadores de Revolução Científica.
Os séculos XIX e XX foram marcados pela influência do pensamento newtoniano cartesiano que consistia na separação da mente e matéria e fragmentação do conhecimento em diversas partes para buscar maior eficácia. Tal forma de pensamento levou o homem a dividir o conhecimento em quantas partes conseguisse e foi adquirindo desta forma uma visão fragmentada da realidade que o cercava.
TRANSIÇÃO DE PARADIGMAS

Desde o final do século XX, vive-se uma transição paradigmática, buscando um novo paradigma que demanda uma revisão na visão de mundo, de sociedade e de homem. O contexto no qual a sociedade esta inserida consiste num universo menos previsível, mais complexo, dinâmico, criativo e pluralista, numa dança permanente, um mundo sujeito a variações e criatividade. A educação tem papel essencial neste processo paradigmático transformador, a mudança depende de uma nova visão. O ensino precisa ser compatível com a nova leitura de mundo advindo da visão sistêmica e complexa do universo.

A visão fragmentada ocasionada pelo paradigma newtoniano cartesiano levou a reprodução do conhecimento, e quanto mais o aluno chega ao nível superior de ensino mais ocorre esta fragmentação. Levou os alunos a sentarem em fileiras, a serem privados de questionar a escola, pois os mesmos não tinham direito de questionar, ou seja, os alunos ficavam impedidos de se expressarem. Estes fatores podem ser facilmente visualizados ainda nos dias atuais. Tais aspectos colocados permitem entender a crise da educação, com a necessidade de superar tal paradigma.

Ser educador nos dias atuais depende da opção paradigmática que pode possibilitar um ensino que contemple o aluno como um todo, que entenda a sociedade e as suas reais necessidades, que permita a formação de seres humanos críticos, produtores de conhecimento, trabalhando com uma educação que resgate os valores e que seja acima de tudo um ato de amor.

A educação tem papel essencial neste processo paradigmático transformador, a mudança depende de uma nova visão. O ensino precisa ser compatível com a nova leitura de mundo advindo da visão sistêmica e complexa do universo.

MORAES, Maria Cândida. A Ruptura do Paradgma. In: Paradigma educacional emergente. Campinas, SP: Papirus, 1997.